Passo por ti e não resisto a parar. Bebo da tua água fresca e através de mim passam memórias de quantos em ti mataram a sede, refrescaram as faces, afogueadas de calor, encheram vasilhas.
E de ti sai um regato que foi o regalo de pintassilgos, rolas, melros, eu sei lá.
E, também, poderia ter sido em ti que um menino enchia uma bilha de barro para depois ir, depressa, vender a água, ao copo, aos visitantes que acorriam à Feira do Ribatejo, sedentos de sede que o sol de Junho apertava.
- Água fresquinha, gritava então.
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