Na década de 60, num domingo de manhã, à saída da missa a minha mãe pegou numa moeda de 2$50 e deu-ma. Não sem antes eu prometer que nada diria à minha avó. Que aquela moeda, no meu conhecimento da grandeza do dinheiro, era algo de grande. Dali seguimos à Biblioteca Gulbenkian onde eu escolhia uns livros para ler durante a semana. Ambos contentes pela partilha.
Muitos anos mais tarde, por volta de 1988/1989, fui fazer um trabalho ao Soito. Lembrei-me então de um Homem que a minha mãe admirava e que já visitara. Rumei direito a Meimão e ali estive à conversa com o Padre Miguel, que muitos acreditam ter sido um santo.
No final da nossa conversa, o Padre Miguel deu-me uma moeda para eu guardar. Também uma moeda de 2$50! Com ela, não me faltaria o essencial para viver. E, para ser sincero, não faltou.
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