Olhei-o com certa inveja.
Ele, um sem-abrigo.
Eu, um ser impregnado por esta sociedade em decomposição.
Ele, um rebelde.
Eu, um submisso.
Ele, livre.
Eu, um prisioneiro.
Estive tentado a trocar com ele. Descalçar-me, meter as botas ao pescoço, pegar na mala e ir por aí fora.
Mas, sem o dizer, o sem-abrigo diz-me que não quer a troca. Porque, na realidade, o sem-abrigo sou eu.
Ele, um sem-abrigo.
Eu, um ser impregnado por esta sociedade em decomposição.
Ele, um rebelde.
Eu, um submisso.
Ele, livre.
Eu, um prisioneiro.
Estive tentado a trocar com ele. Descalçar-me, meter as botas ao pescoço, pegar na mala e ir por aí fora.
Mas, sem o dizer, o sem-abrigo diz-me que não quer a troca. Porque, na realidade, o sem-abrigo sou eu.
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