sábado, 27 de novembro de 2010

Na capela do cemitério

Entravam no cemitério com ar pesaroso, tristes, pelas perdas sofridas, julgaria quem os visse.
Porque quem os conhecesse, saberia que, cruzado o portão, caminhariam na avenida central até chegarem ao miradouro de onde se avista o Tejo e toda a Lezíria.
E, depois, espreitando para um lado e para o outro, entrariam na capela do cemitério.
E, entre beijos apaixonados, iam pedindo perdão a Deus pela invasão da sua casa.
E, Deus, lá do alto, abençoava aquele pequeno lugar na terra e os dois jovens amantes. No fundo, fora a recomendação que seu filho deixara: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

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