quarta-feira, 20 de julho de 2011

Acenos

Quando o noivo partiu para a guerra ela estava no porto a acenar-lhe, a encher-lhe o coração de esperança.
Quando o marido emigrou, ela estava na estação do comboio, na paragem da camioneta, a inundar-lhe a alma de alento.
Quando o filho teve, também, de emigrar, ela despediu-se dele com um beijo e encheu-lhe a mala de viagem com carinhos de mãe.
Quando um homem parte sem o carinho de uma mulher, parte vazio.

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