domingo, 11 de setembro de 2011

A corrida da vida

2011 - São Tomé
Enquanto a máquina disparava para obter a foto, imaginava a corrida da vida, o homem insaciável, a ânsia do querer sempre mais, mesmo quando a vida está no limiar do fim do ciclo e já não se necessita de mais nada para sobreviver. Fosse outro o modo de viver do ser humano e ela estaria entre nós.
Mas a corrida que eu fotografei não era uma corrida de vida e de morte.
Era a vivência entre o homem e os outros seres filhos da mãe Terra, era o viver da juventude.
Ali bem perto, numa tenda armada junto ao mar, o pastor grita no alto-falante que «morreu hoje o teu velho eu». Fiquei a meditar em como teria de pôr fim à corrida desenfreada que nos atormenta a vida e não nos deixa viver.

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