Sentei-me numa pedra a observar esta habitação celta na Citânia de Briteiros. E recuei no tempo, alguns séculos antes de Cristo.
Era então um homem barbudo, vestia peles de animais, cultivava alguns cereais, caçava e pescava.
Por vezes observava, de longe, a sala do Conselho, onde os anciãos decidiam sobre a guerra e a paz.
As muralhas eram fortes mas não foram suficientes para suster os romanos. Lembro-me dos tempos áureos, quando Viriato era o chefe de muitos castros.
Tocaste-me no ombro. Vi então que a evolução, que foi muita, não tocou no essencial, no comportamento do homem para com os seus semelhantes. A obsessão pelo poder fez dos homens escravos e senhores, servos da gleba e nobres, povo e classe dominante.
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