Um dia meteu as roupas numa mochila e partiu.
Hoje, longe de tudo, na terra de ninguém, vive no cimo daquelas árvores, na cabana que construiu.
Encontrei-o, um dia destes. Convidou-me para beber um café feito por si, como antigamente as nossas avós o faziam.
E ali estivemos, saboreando a bebida quente, mas também o silêncio de ambos.
Para ser sincero, regressei com uma sensação de cobardia. Nunca tive um laivo de coragem, que fosse. Tive sempre medo de tudo e, principalmente, de me ver só.
Sem comentários:
Enviar um comentário