«Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros.Apreciem cada momento!
Agradeçam!
E não deixem nada por dizer,
Nada por fazer!»
António Feio
Uma das mais bonitas Tágides de João Cutileiro abandonou o pequeno lago da expo e subiu até à montanha, onde se banhou num ribeiro de águas cristalinas.
Seguiu as pessoas que, em fila, esperavam para ver S. Bento.
A caminhada até ao velho Mosteiro de Santa Maria das Júnias foi longa.
Encontrei-o aqui bem perto, em Boticas.
Poderia estar agora na esplanada da casa da Patrícia, a falar de carros com o meu grande amigo Rui e rever grandes pessoas que um dia conheci em Santarém.
Entrou na avenida cabisbaixo, com as mãos nos bolsos, ausente.
Naqueles tempos, o jovem ardina corria as ruas de Lisboa. Cada jornal que vendia eram uns centavos para ajudar em casa.
Pensativos, engraxador e cliente cruzaram os pensamentos.
De fugida, que os patrões não são para brincadeiras, Maria veio espreitar à janela.
O sol já se põe.
Como será estar a ser olhado pelo fotógrafo?
Cabelo grisalho, que a idade não perdoa.
Faz hoje anos que perdi minha mãe.
Vinda provavelmente do Amazonas, a piranha, embalsamada, jaz numa estante da sala.
Foi no Campo do Gerês que se deparou com esta imagem de Cristo crucificado.