quinta-feira, 22 de julho de 2010

Woody Allen

Entrou na avenida cabisbaixo, com as mãos nos bolsos, ausente.
Se o pés pisavam a calçada, o espírito vagueava, bem longe.
Sempre com tantas pessoas em redor e sempre tão só.
O que fora grande esvaziava-se. O amor, a atracção, a química, mesmo a amizade.
Tudo ia ruindo como os velhos castelos. Caindo pedra sobre pedra.
Foi então que reparou na escultura de Woody Allen. Ficou surpreso. Tanto podia ser o cineasta como ele.
Porque, quando ambos se cruzaram, escultura e ele, ambos estavam pensativos, apreensivos, tristes.

Sem comentários:

Enviar um comentário