quarta-feira, 14 de julho de 2010

O bruxo

Cabelo grisalho, que a idade não perdoa.
Faces avermelhadas do sol e do álcool, que os dias são soalharentos e as noites muito longas.
Ar carrancudo. Porque, quanto mais sofrimento têm as pessoas, mais odiosas se tornam.
E ele, um bruxo de reputação, não tem mãos a medir.
Tira as invejas, as pragas, o quebranto.
Mas fica com pena desta sociedade pequenina, mesquinha, triste.
E, quando bebe um copito a mais, imagina que o Homem é ainda um ser selvagem, saído de uma floresta desaparecida.

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