Olhámo-nos, com pena um do outro.
Eu, preocupado, porque pensava que se tratava de um pobre bicho perdido.
Ele com a certeza de eu estar abandonado.
Na mente do cão passaram estórias semelhantes, conhecidas ali da sua rua. Pessoas, como eu, que apesar de não aparentarem, transportavam consigo uma pata cheia de problemas.
Olhou-me, apenas por um olho, que o sol encandeava-o. Teve dó de mim.
Saí dali com pena do bicho. Não parecia regular muito bem da cabeça.
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