Olhei para a estátua, em Mérida, e vi-a.
Ia carregada com as roupas e garrafas que comprara porta a porta, para as tornar a revender.
Passou por baixo da ponte do caminho de ferro, entre a Amadora e Queluz, a caminho de Carenque.
Foi então que as suas pernas dobraram e ela caiu.
O seu filhote, atrás, ia magicando na queda. Teria sido fome, porque eram quatro da tarde e não tinham almoçado? Seria a mãe que não tinha forças para a carga? Seria a falta de vista?
Anos mais tarde soube que a causa era a pobreza.
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